3 de janeiro de 2008

O CASAL NOIADO

Boi Zé, este é um apêndice do post da Filé.


Fernando e Jaqueline eram meus vizinhos no complexo CORTIÇO-MERCEARIA de Dona Paulina. Pouco antes de subir com minhas malas para o menos pior habitáculo daquela tosca edificação Filé me entregou um DOSSIÊ FOFOQUISTA sobre os hábitos EXTREME LÓQUI do casal. Fernando recebia como FANTASMA da Câmara Municipal, só trabalhava nas eleições, PHANTOM SYSTEM era o nome do esquema. O resto do tempo ele gastava fumando MERLA com sua cônjuge. Muitos amigos MERLEIROS também visitavam, todo dia eles se matavam com aquela sub-droga mais nociva que CRÁQUE.

-um ilustre casal de noiados.

Eles haviam sido exilados pelas suas famílias abastadas. Todo mês ganhavam CESTA BASE. Até a conta na Dona Paulina era suspensa pra cachaça, a mãe do Fernando não deixava. Eles já tinham seus trinta e tal de idade, a parada não tinha mais jeito. Dali pra frente era só prejuízo pra sociedade e lucro pro poder paralelo.

Não teve alternativa: tive que implementar uma política de bom vizinho com eles, ficava BOLADÃO de que eles roubassem tudo que era meu de uma hora pra outra quando
me ausentasse e a FISSURA batesse. Reforcei todas as trancas com cadeados PAPAIZ® e correntes de ½”(meia polegada). Certo dia Fernado e Jaqueline foram à minha porta. Emprestei meu BUJÃO de gás quando o deles acabou, por uns 15 dias. Isso fez com que eu fosse querido, era sempre convidado pra rangar, apesar do nojinho que me dava, tudo era sempre cheio de AZEITONA, inclusive o feijão.


-na puberdade me disseram que água de azeitona tinha SABOR VULVA. Era prática comum masturbações com vigorosos gargarejos.


Jaqueline não trabalhava (formalmente), prestava serviços ocasionais de BOQUETE ABSTINENTE na parada de ônibus do Hospital Geral de Beyond City. Com o consenso de Fernando, aliás era ela quem mandava na casa. No dia do pagamento era um rebuliço, 24hs de NARCO JAM. Já no dia seguinte era salve-se quem puder. Fernado de quando em vez fazia uns bicos de ladrão ou LOVERBOY, empurrando carinhosamente o cocô de alguns empresários pederastas idosos. Às vezes também era usado pela Polícia Civil para estourar bocas de fumo. Mas tudo ocasional, eram pessoas de boa índole e princípios.

Como citado no início desse texto, os amigos NARCÓLATRAS sempre visitavam. Um dos mais ilustres era piloto de avião de 250kg. Ele pesava isso, não o avião. Alexandre era hiperbólico, chegava com quantidades que poderiam prender qualquer um, baseado no artigo 12 da lei 6.368 de 76. O lance dele era fumar pasta-base numa latinha amassada que ele trazia da Colômbia(a nóia), as sobras dele - suficientes para matar algumas pessoas - ficavam para o casal. Mais ou menos BIMESTRALMENTE isso acontecia, e assim ficavam TRANCADOS por até 84 horas.


-pilotos semprefazem os melhores truques com fumaça.

Em uma dessas vezes a ESPOSA PRENHA de Alexandre chegou ao cortiço, (cagoetei, sou um agente do caos) disse que eles estavam trancados, curtindo uma overdose de leve. Ela pegou a chave de roda do carro para tentar abrir a porta, sem sucesso, não deram sinal de vida. Por uma cobertura de Brasilit® dava pra ARRUDEAR e chegar à janela, mas a Srª Alexandre era tão gorda quanto o marido, e isso INCREASED BY BRUGUELO parecia um fusca em pé. Ela foi destemida e cheia de adrenalina (lábios brancos) andando pelas telhas, adverti, disse que era perigoso. Fui ignorado, mas permaneci vendo a desgraça iminente.

CRAC. As telhas quebraram e a BALEIA PRENHE desabou de uma altura de 5 metros, aterrissou de bunda. Aí sim foi interessante: o resto do cortiço reforçou o escândalo. Filé e suas filhas gritavam mais que a vítima, o que fez Alexandre sair de lá, camisa branca com uma imensa mancha preta de cinzas de pasta de coca, os olhos esbugalhados. Como não sou cristão, logo entrei em casa e liguei o som no talo, fui tomar banho para encontrar com quem atualmente é minha cônjuge. E contei essa estorinha pros comparsas em algum boteco às margens do Rio Amazonas, bebendo Cerpa Draft Beer® com sal e limão, a cerveja que amolece o intestino e enrijece o coração.

Depois disso o casal me contou tudo rindo, naturalmente. Disseram que eu fiz bem, pois já estavam enjoados de tanta narcose. Sempre fui contra as drogas, depois disso é que fiquei a favor: dá pra escrever uns posts bem escrotos sobre o assunto.

E é.