23 de junho de 2007

BOI ZÉ, FILÉ, E É.

post re-editado do antigo club de 20/03/2007
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FILÉ era o nome da minha vizinha & DAY-a-RISTA quando morava em Beyond, no Amapá. Huh, ela fazia parte do KIT HABITACIONAL FROM HELL PERO NO MUCHO, porém gradeado, a bagaceira na qual morei 6 meses. Aquela PRECÁRIA COMPOSIÇÃO ARQUITETÔNICA mista de madeira avec alvenaria regionalmente denominada QUÍTE, “nos altos” dos fundos d’um comércio numa rua onde o ASFALTO ELEITORAL GRATUITO, coisa de TRÊR-DEDO, huh, era de capinha de xisto ou algum outro BETUME xistoso; OXALÁ farofa de pneu usado e torrado no piche, LIQÜIDIFICADA em betoneira fervente d’um MEI'DIA de verão em plena linha do Equador, SOLTORRIDAMENTE como só em BEYOND CITY sabe-se como é. Morei ali pela proximidade do meu trampo - uns 500m- eu ia a pé bater EL PONTO, sempre chegava suadão e tomava um baque de ARCOND nos peitos e na nuca, depois do GOLÃO DE CHAFÉ INCANDESCENTE tinindo naquela ANACRÔNICA AUTARQUIA na qual eu era mero barnabé.

Eram quatro quartinhos embaixo/fundos da birosca, e dois apês nos altos, onde MAUÁ mais um casal de vizinhos cada cujo num qto/suíte/coz/wc, estes JUNKIES FIGURAÇAS PROSTITUTOS, assunto pra um futuro post, fica aqui registrado. Num desses 4 quartos inferiores(banheiro & tanque coletivos, cômodo de 4x6), moravam Filé e seus três filhos maiores de vinte. Aquilo era MUITO TOSCO, fedia pra dedéu. Eu mal parava em casa, vivia CHAPADÓN.

-Murphy sorri quando passa de fase.

FILÉ tinha duas filhas comestíveis até, PERIGUETES BLONDÔNICAS+um netinho catarrento, e o primogênito, o MURPHY(que ela chamava de mofo). Esse era bizarro, passava o dia embrulhado y deitadòn na cama jogando Dynavision© (pós-atari, pré-megadrive) numa TELA de 14’ com um ventilador TAIWÂNICO capenga, sob o teto de “Brasil it”** (**sugestão do word) e pintura de cal com AZULÃO nas paredes. O Murphy era NÓ CEGO, tatuagens verdes+cabelão de índio, usava uma manga de camisa avulsa feito um ninja tampando a boca, deformada por algum desafeto que jogou AÇO SUFRÚICO, ocultava um sorriso FREDICRUGUERIANO. Só saía no MADRUGÃO pra fazer OS VARAIS da vizinhança adormecida. Da venda de roupas furtadas adquiria MERLA tipo "C" & cartuchos de Dynavision®, tipo Ninja Gaiden©. Mas Murphy me respeitava, uma vez passei de um chefão sinistro pra ele no TIGER-HELI. Alguém lembra desse jogo?

-oh, shortinho elegante.

As irmãs dele quase que passavam de shortinhos melados & socados noite afora(y adentro), sempre aparecia um chevette ou um fiat'uno tocando CÚMBIA ou TECNOBREGA no talo pra arrastá-las pr'alguma orgia ou evento desprezível, desses entupidos de MASSA DE MANOBRA. Ainda o PIÁ de 3 anos filho de uma das PUTCHINHAS, que só sabia dizer uma coisa pra mim: "-dá moeda!". Satã que se encarregue do futuro desse menino, deus no máximo fará dele um pentecostal dizimista.

FILÉ, a.k.a Elza, era quem tomava conta disso c’uma pensão mínima+bicos de LAVAGE e diarista, eu era CRIENTELA. Uma coroa perto dos seus cinqüenta pseudo-enxuta com discreta PANCETA(pança+buceta), três centroavantes DESFALCADOS na linha de frente das CANJICAS, o riso leve, solto y esburacado. Sedutora, me olhava lasciva. Chegou a por sua filha mais gostosa na minha fita, só rolou uma massagem. Ela queria que eu a levasse pro show do CIA. DO CALYPSO , eu disse que nem se ela se lambuzasse de MEL COM TERRA usando CALCINHA PRETA. Hehe, ela realmente era uma GATINHA MANHOSA. Nossa, conheço este estilo de música e nem sabia, argh.

FILÉ displicente, no contrato que firmei pagava 120 merréus para lavar minha INDUMENTÁRIA no Tanquinho® Arno que eu CEDI, e dar um trato no LOFT duas vezes PER semana. Quinzenalmente ela me dava um ATESTADO MÉRDICO VERBAL FULEIRO, ia uma só vez por semana, me pedia vales pra remédio, até latas de KITUT na (se queimou com a dona) birosca onde estava a senhoria do complexo BUDEGA+CORTIÇO, automaticamente ao alugar aquilo por Ncz$150,00 eu já tinha uma conta pré-aprovada, lá rolavam uns miojos, barés, ovos, catuabas, cervejas, cigarros Oscar® e Anador®- essas coisas da Amazônia. Da minha cozinha eu podia avistar o macaco da senhoria, um mico que passava o dia tocando BROÑA. Uma vez TESTEMUNHEI ele sodomizar o filhotinho da cadela, foi perturbador.

- o mico ainda fumou um Oscar® depois da sodomia canina.

FILÉ tinha um maneira muito peculiar de conjugar verbos, tudo era precedido de “A”: ASSUBIR, ALIMPAR, AVARRER, ALANCHAR, AJANTAR, ALMOÇAR. Quando saí de lá ficou com raivinha, pois peguei meu Tanquinho Arno® de volta.
SACOLÉ, aquela típica indolência de quem você ajuda e quando o auxílio é suspenso, em lugar da gratidão rola mágoa, sentimento de perda, de que algo lhe foi tomado.
O próximo post dessa série será sobre os vizinhos JUNKIES, no episódio da grávida que caiu do telhado de BRASIL IT.

E é.