11 de outubro de 2007

PUTARIA MAMBEMBE


-com um desse dá pra fazer o quê?

Janelsom era motorista de caminhão no interiorhrh do Goyas. Cresceu na estrada rodeado de putaria, narcose e devassidão. Seu pai grilava terras e lhe deixou uns alqueires que foram trocados por um caminhão, uma possante Scania 113h. Sabido praticante de cuckold, um raro espécime roceiro adepto do amor livre.

A esposa ele retirou d'alguma franquia da Casa da Luz Vermelha®, era uma das funcionárias mais dedicadas. Ninfomaníaca desde criancinha, perdeu o cabaço aos sete, e sem nenhum trauminha clichê que remete à indústria de entretenimento ianque. Como caminhoneiro típico, leva o lema: "a boléia é pequena, mas sempre cabe uma morena". O estilo de vida não era segredo, por isso não cobrava fidelidade da parceira. Agora Jurema dava de graça e ele achava isso excitante, uma união perfeita. Todos comiam, do IMBERBE ao ancião. Tudo bem chegar em casa e encontrar o pão já cortado e com manteiga, mas até isso tem limite, veja bem.

Foi num dia em que chegando de viagem, depois de levar uma carga de CÁIRHNE(sorry, sotaque) bovina, Janelsom viu o que não poderia imaginar: seu fila brasileiro malhado, Barrabás, estava de ANAL KNOT (<<=não assistam esse vídeo!)instalado em sua generosa & depravada cônjuge. Jurema disse que foi um acidente, pediu pra jogar água fria pra tirá-la dessa ENRASCADA. Janelsom deixou uma lágrima sumir no espêsso bigode, virou as costas e seguiu em sua Scania.

Barrabás, a gota d'água.
Foi o início de uma saga.
-eis aqui gravura que reproduz um PUTEIRO ROOTS.

Era profundo conhecedor das cidadezinhas e suas respectivas bimboquinhas & currutelas, sempre um usuário contumaz dos meretrícios dos arredores. Conhecia muitas putas, inclusive as famílias que eram geradoras da mão-de-obra deste ofício, encaminhando-as desde mocinhas para a difícil vida fácil. Pôs um plano na cabeça e decidiu montar um puteiro. Com alguma merreca guardada na Poupança Bamerindus® dava pra pôr seu empreendimento a todo vapor. Tinha todo o KNOW HOW da parada. Alugou uma caxanga responsa, comprou as putas à vista e o mobiliário e os eletrodomésticos com crédito rural.

$uce$$o: a bagaça deu certo, em dois meses já tinha todo o retorno do que foi aplicado. Passados oito meses já tinha até gerado empregos indiretos, vendedoras da Hermes®, sacoleiras de calcinha, body piercers e tatuadores rurais(nankin rulez), todo um esquema sagaz de informalidade, simbiose comercial, IMPOSTO DE CU É ROLA.

Mas a inveja e a cobiça fizeram com que o coroné local embargasse a bagaça. Mesmo sendo cliente assíduo teve que dar o braço a torcer pra comunidade CHATÓLICA. Coisas de política provinciana. Beato Salú que o diga.
-católicos ultra-conservadores.

Janelsom ficou indócil diante do aviso de Trapizomba, o JAGUNÇO MESSENGER® do coroné: uma semana pra fechar a bagaça e sair da cidade. No melhor estilo macho-alfa foi à budega virar umas doses pra clarear AZIDÉIA. A pinga era boa, a idéia veio perfeita, decidiu unir seus dois ofícios: CARRETEIRO y CAFETÃO.

Vendeu todos os móveis & eletros do puteiro e inteirou mais um cadinho PRA MÓDE comprar um baú personalizado pra sua Scania puxar, com seis beliches dentro ele poderia levar a putaria onde fosse nesse mundão véio sem porteira. Quermesses, feiras agropecuárias, festa de peão, festa de fazendeiro, a empresa deu certo. Pôs até mp3 e arcond no baú, que foi grafitado estilosamente.

Isso existe de verdade, é uma LENDA URBANA RURAL no Goiás.

E é.