23 de fevereiro de 2009

Era uma tarde escaldante de inferno em pleno janeiro estava fazendo meus exames admissionais para poder entrar no grande emprego o médico estava fazendo as perguntas de sempre;
-Tem algum histórico de doenças na família?
-Não, não tenho (mentira básica)
-huum (desconfiado)
No meio da entrevista fui surpreendido por um Paraíba(raça do cão) com cara de djanho devia ter 1m e meio de altura de chinelo, que entrou no consultório perguntando.
-Oh dotô tem remédio para minha cabeça?
-Espere sua vez lá fora, pois eu não vou te atender agora!
-tá bom.
Não passou nem 2 minutos o infeliz voltou
-oh dotô mais ta doendo demais
-seu baixinho atrevido sem educação me saia daqui agora e não volte mais!
-Baixinho é a porra não fala comigo assim não dotô to pedindo ajuda!
-Sei muito bem o que você que!
Assim sendo o paraíba saiu da sala e não voltou mais.
A “entrevista” ocorreu normalmente sem mais interrupções.
Lá fora eu esperando o ônibus da empresa encontro o paraíba, eu ainda na fissura do que acaba de acontecer olho para ele e solto uma risada, e ele bem carudão vem puxar conversa:
-Cê viu que médico mais pau-na-brexa?
-Viii.
-Sabe o que é aquilo? Aquilo é um Zé buceta(falou com a boca cheia da água) que não sabe dá atestado pra peão*! Aquele só ta ali dentro, pois tem um comedor é tudo um bosta, olha só, eles me deram esse tal remédio e me falaram que vai me dar um sono da porra.
Nisso ele mostra aquele Tylenol genérico e volta a falar:
-Eu não vou tomar não, eu vou para o ponto de moto táxi e vou para o Cabaré come uma puta para ver se a dor passa!
Nem esperou a minha fala, virou a costas e foi embora.
O bus chegou e fui para casa digerir o dia.

Daqui alguns dias eu coloco um post sobre o Peão!