9 de julho de 2008

Gaia e o Bestiário 1

Acordou com a voz suave da senhora que lhe cedia o quarto, chamando para atender um telefonema.
- é Carmo querendo falar contigo.
Sabia que o amigo era chegado a passar trotes mas não exitou em ligar a televisão quando ouviu, ainda com sono alguma coisa como "bombardeando novaiorque". Ligou a tv e ficou olhando o segundo avião bater na segunda torre. Não conteve uma certa animação, apesar de ter de alguma forma o sentimento de que aquilo que ele estava vendo era o fim de alguma coisa. Religião é uma merda mesmo. Pensou, enquanto resolveu que ia olhar a cara da rua. No bar da esquina, seis pessoas olhavam a televisão o americano que tomava café pontualmente àquela hora não esboçava nenhuma reação olhava a televisão pendurada no bar como se fosse um pesadelo distante. O silêncio foi quebrado pela estudante que entrou gritando:
-Se fuderam! Se fuderam!
Pensou na fome e nos problemas que viriam- Essas merdas sempre respingam aqui no Terceiro Mundo... Ah Foda-se. E pediu uma fatia de pizza e uma Coca Cola.

No dia seguinte encontrou-se com os Lhofites para o habitual ensaio todos estava sorrindo. E o assunto era um só. Ao longo da tarde todas as preocupações transformaram-se em musica rápida.


Encontrou Triskelle a noite, falou sobre aquilo mas ela docemente o abrigou em seus braços e em silêncio e o mundo foi trocado por suor e sorrisos. Acordou leve olhou os animais de pelúcia do quarto de adolescente de triskelle e pensou em fazer alguma coisa no prório quarto, roubou uma dose de vodka do bar da mãe e esperou a vontade passar. Sabia que ela iria trabalhar no Privê naquela noite. Ela ainda dormia. ficou olhando o rosto melindrosa dela e sentiu algum calor, afinal. foi caminhando pra casa como uma sombra, fumando seu cigarro pensando num belo copo de chocolate quente.

Três dias depois Ligou para Trisquelle que atendeu de maneira rispida que logo transformaram-se em gritos. Ela havia terminado pelo telefone. vagou pelas ruas até encontrar Ernane, seu amigo, já sob efeito de cocaína, que o chamou para sair e beber alguma coisas ao ver seus olhos vermelhos e inchados de chorar.